Archive for outubro 21st, 2011

21/10/2011

DIA D EDUCAÇÃO

Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. (…) Verdade maior. É o que a vida me ensinou.”

(João Guimarães Rosa, em “Grande Sertão Veredas”)

Marcar o “Dia do Professor” como uma data importante para se pensar em novas propostas e levantar possibilidades na área educacional é o objetivo deste evento permanente do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná.

As pessoas aprendem e mudam, no contato com a realidade, com os seus problemas, com as outras pessoas. As pessoas agem e modificam o mundo em que vivem e a si mesmas, num processo contínuo, ininterrupto. Não há ilhas. Nada que acontece ao nosso redor nos é estranho. A Universidade é um mundo, mas está dentro do nosso mundo. Tudo que lá ocorre nos diz respeito. A formação dos estudantes e dos próprios educadores/as se desenvolve no necessário encontro entre a Universidade e a Sociedade

Este evento é promovido em articulação com os demais setores da universidade e em parceria com Secretaria de Estado da Educação, secretarias municipais da educação, conselhos municipais e estaduais de educação, conselhos tutelares, ministério público, movimentos sociais e entidades de classe.

No dia 15 de outubro de 2010, o Setor de Educação realizou o primeiro “DIA D EDUCAÇÃO” com um convite para toda a universidade e sociedade celebrar o Dia do Professor através do debate, da reflexão, da cultura e da arte. A partir de então este evento torna-se permanente na agenda da universidade como forma de consolidar uma nova forma de articulação do Setor de Educação com os demais segmentos da UFPR, e da sociedade, especialmente aqueles comprometidos com a formação dos profissionais da educação.

A segunda edição que ocorre nesse ano, apresenta nas mesas temáticas permanentes: “Formação de Professores: múltiplos saberes”, um debate sobre propostas de formação na área de licenciaturas e “O Direito à Educação: múltiplas vozes”, com a participação de entidades e instituições da sociedade que trazem suas contribuições ao debate sobre a escola e a formação nas universidades.

Como programação paralela do evento acontece: a exposição fotográfica OLHARES ACADÊMICOS organizada pelos professores e estudantes do Curso de Pedagogia e do Curso de Design da UFPR; a ESCOLHA DA LOGO COMEMORATIVA DOS 40 ANOS DO SETOR DE EDUCAÇÃO com participação de toda a comunidade setorial, a partir de propostas desenvolvidas pela Fábrica de Comunicação do Curso de Comunicação Social da UFPR, o lançamento do projeto FORTALECER O PROTAGONISMO NO ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E NA DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA da União Brasileira de Mulheres e o estande de DOAÇÃO DE MATERIAIS PEDAGÓGICOS.

PROGRAMAÇÃO:

Dia 24 de outubro de 2010
Local: Anf. 100

8h00min – Recepção dos convidados
8h30min – Abertura
9h00min – Mesa Redonda “Formação de Professores: múltiplos
saberes”
Palestrantes:

Christiane Gioppo da Cruz – Professora de Prática de Ensino – Setor de Educação
Liz Góes- Estudante do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
Ana Lucia Tararthuch – Professora do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
18h00min Coffe-Break
Lançamento do Projeto “Fortalecer o Protagonismo no Enfrentamento a Violência contra as Mulheres e na Democratização da Mídia” – União Brasileira de Mulheres
19h00min – Mesa de Encerramento com a presença do Magnífico Reitor Zaki Akel Sobrinho
19h30 – Mesa Redonda “O Direito à Educação: múltiplas vozes”
Palestrantes:

Liliane Sabbag – Secretária Municipal de Educação de Curitiba
Clayton Maranhão – Procurador do Ministério Público e Professor da UFPR
Elza Maria Campos – Presidenta Nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM)
Marlei Fernandes de Carvalho – Presidenta da APP-SINDICATO.

Endereço: Rua General Carneiro, 460 – Ed. D. Pedro I – 1º. Andar
Contatos: 3360-5190 (Maria Tereza e Clara)

· Os participantes receberão certificado.
· Inscrições no local e hora do evento.

21/10/2011

É preciso ocupar o espaço!

Do blog Fratura Exposta

Sou eterno fã daquele verso do TORQUATO NETO que diz PRIMEIRO PASSO É TOMAR CONTA DO ESPAÇO… Também por isto, recomeço o blog com esta paulada convidativa.

Você aí sentado, só reclamando da vida e torcendo para que alguém resolva o seu problema, preste atenção à letra.

Tens coragem?

A letra é simples:

If I had a million dollars
I’d rent me cop
feed him full of steroids
and watch him pop pop

‘cause I’d own
own your government

If I had a million dollars
I’d be on T.V.
and I’d tell you just why
you oughta vote for me

If I had a millon dollars
I’d buy me a lake
and I’d say to the hungry
let them eat cake

If I had a million dollars
I’d buy me a nazi
I’d tie a flag to his eyes
and tell him to fuck me.

let me tell it to you straight now
so you make no mistake now
fuck your government

let me break it on down for y’all
on why we occupying Wall Street
Because a few feast
while most don’t eat

AI ain’t got no million
no hundred thousand
I ain’t even got ten dollars
to my name

All i got
is a handful of nickels
hoping to the lord its enough
to buy me a bagel

I got them I’m the 99% minority blues”

21/10/2011

Todos juntos contra os juros altos!

Por Paulo Kliass

É necessário aproveitar o momento de crise internacional a nosso favor e dar uma “paulada” na SELIC, trazendo-a dos 11,5% para algo em torno de 8 ou 9%. Os únicos prejudicados serão os detentores de capital especulativo, que vêm para cá em busca de rentabilidade elevada e segura, sem nenhum compromisso com a economia brasileira.juros

Para quem está habituado a acompanhar a cena política brasileira, a iniciativa pode até parecer um tanto bizarra. Afinal, o auto intitulado “Movimento por um Brasil com Juros Baixos: mais Produção e Emprego” se constitui de um amplo arco de aliança de forças políticas. A iniciativa coube a várias entidades do movimento sindical (como a CUT, a Força Sindical, entre outras) e do movimento empresarial (como a FIESP, a ABIMAQ, por exemplo), e com o passar dos dias a adesão tem aumentado de forma significativa. [1]

No entanto, tal fato só deve soar estranho para aqueles que carregam consigo um pseudo “principismo” na forma de fazer política e se recusam a qualquer tipo de unidade na ação com parceiros que podem ter diferentes visões de mundo e de projetos para o nosso País. Na verdade, o que mais chama a atenção no caso é a impressionante demora em se ter articulado um movimento de tal envergadura por uma causa que consegue unificar um conjunto vastíssimo de setores sociais aqui no Brasil e no resto do planeta. Há décadas a política monetária levada a cabo pelos sucessivos governos teve a marca da ortodoxia extremada e a manutenção das taxas de juros mais altas em todos os continentes. O sacrifício imposto à grande maioria dos setores da sociedade tem sido imenso.

No discurso, todo mundo se dizia contra tal aberração, com exceção dos representantes do capital financeiro e seus porta-vozes espalhados, de forma estratégica, pelos órgãos da grande imprensa. Cavalgando tranquilamente na trilha hegemônica aberta pelo neoliberalismo, eles conseguiam calar as vozes dissonantes e inviabilizar que propostas alternativas fossem sequer cogitadas de implementação como política econômica. Porém, os empresários do setor produtivo – apesar de serem prejudicados por tal política – não se dispunham a colocar suas forças em ação de forma mais aberta e mobilizadora contra a política monetária, pois talvez se sentissem um tanto incomodados em assumir tal postura perante o governo e a sociedade.

Já uma parte das entidades do movimento sindical se recusava a qualquer forma de mobilização nas ruas contra a política monetária, com a desculpa equivocada de que não poderiam ir contra aspectos da política de um governo de cuja base de apoio faziam parte. E assim foi o longo período do reinado absoluto dos juros altos, provocando a maior transferência de recursos públicos para o setor financeiro privado de nossa história, sob a forma dos juros e serviços da dívida pública.

E aqui também foi necessário que eclodisse a crise financeira de 2008 e suas recaídas mais recentes para que tais entidades resolvessem tomar atitudes mais ousadas. Pegando carona nos movimentos de revolta como “los indignados” e “occupy Wall Street”, as entidades começam a ensaiar timidamente alguns passos aqui em nossas terras. Mas só assumiram algo mais efetivo depois que o COPOM promoveu a redução da SELIC na reunião de agosto de míseros 0,5%. E agora outra redução quase irrelevante de mais 0,5%, na reunião de outubro, exatamente como previa a pesquisa do Banco Central junto aos operadores do mercado financeiro.. Sem querer desmerecer a importância política do movimento, é importante registrar que até parece terem resolvido assumir uma postura mais ofensiva apenas depois que a Presidenta Dilma deu sinais que desejaria mesmo juros mais baixos.

A primeira manifestação de lançamento do movimento foi carregada de simbolismo. As entidades se dirigiram à sede do Banco Central na Avenida Paulista para demonstrar seu descontentamento com a política monetária de juros tão elevados. No coração da cidade de São Paulo, em meio a edifícios de bancos, de grandes multinacionais e da própria Federação das Indústrias, foi deixado o registro de um movimento que bem representa a amplitude da evidente discordância reinante no interior da sociedade brasileira a respeito dos juros estratosféricos.

Porém, se o objetivo das entidades é realmente trazer a taxa SELIC para níveis – digamos – mais “razoáveis”, então será necessário avançar ainda bastante na capacidade de mobilização e intervenção na arena política e nas ruas. Parcela significativa dos economistas não comprometidos com a banca já tem se manifestado a respeito da urgência em se estabelecer uma política de juros reais (taxa oficial deduzida a inflação) bem mais reduzida. Hoje ela continua em torno de 6 % ao ano, enquanto a maioria dos países desenvolvidos pratica níveis próximos a zero ou mesmo negativos.

Assim, é necessário aproveitar o momento de crise internacional a nosso favor e dar aquilo que o jargão do financês chama de “paulada” na SELIC, trazendo-a dos 11,5% para algo em torno de 8 ou 9%. Os únicos prejudicados serão os detentores de capital especulativo, que vêm para cá em busca de rentabilidade elevada e segura, sem nenhum compromisso com a economia e a sociedade brasileiras. Todos os demais setores serão beneficiados por tal mudança. O Estado deixará de comprometer volumes criminosos de recursos orçamentários para sustentar o parasistismo, passando a investir mais na saúde, educação e outras áreas prioritárias. A taxa de câmbio sairá desse patamar de valorização do real frente às moedas internacionais, propiciando maior competitividade às nossas exportações de manufaturados e reduzindo o nível absurdo de importações de produtos industrializados. Com isso, poder-se-ia iniciar, de forma efetiva, um processo de reversão da atual tendência à desindustrialização, com a qual perdemos emprego e renda para o resto do mundo.

Se não existem mais tantas barreiras políticas e ideológicas à redução dos juros, cabe à sociedade organizada fazer valer sua voz e seus interesses junto ao governo. E a história recente tem demonstrado que apenas a mobilização objetiva funciona como elemento de pressão. Cada vez mais fica evidente para a população a balela em que se transformou o dogma, até anteontem intocável, da “independência do Banco Central”. Na verdade, esse foi o recurso de retórica utilizado para permitir que a autoridade monetária operasse de forma absolutamente “dependente” do sistema financeiro. E, pior ainda, fazendo com que o conjunto do governo e do sistema político se tornasse refém de seus interesses. Não adianta apontar apenas para o horizonte longínquo de 2012, como chegaram a ensaiar alguns oradores do movimento no dia 18 passado. A mudança é urgente! Caso fiquemos esperando o ritmo de queda de 0,5% a cada 45 dias, aí sim mais uma vez perderemos o bonde da oportunidade histórica de uma queda substantiva. Foi o erro cometido em 2008, fato reconhecido até por integrantes da atual equipe econômica

É necessário ampliar o movimento para focar já na próxima reunião do COPOM de 29 e 30 de novembro, com exigências de níveis bem objetivos de meta de taxa SELIC desejada. Há muito espaço político ainda a ser preenchido com entidades que até agora não demonstraram envolvimento que a causa merece, como UNE, UBES, MST, OAB, CONTAG e tantas outras. Ampliando essa base e sensibilizando a população a se mobilizar a favor da medida, o movimento terá 45 dias para trabalhar o conjunto da sociedade, de forma a convencer a Presidenta e sua equipe de que outro patamar de taxas de juros é possível!

NOTA

[1] Ver: http://www.brasilcomjurosbaixos.com.br/

Paulo Kliass é Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal e doutor em Economia pela Universidade de Paris 10.

21/10/2011

Denúncia: Beto Richa começou a privatização da CELEPAR

Do Blog do Tarso

O presidente da Celepar e o governador Beto Richa

Conforme denúncia exclusiva do Blog do Tarso de 03 de fevereiro do ano corrente, de que Beto Richa (PSDB) iria privatizar os serviços da CELEPAR, uma fonte informou que nos termos do protocolo integrado do Estado nº 111434956 (digite esse número aqui), há um pedido de licitação para contratar empresa terceirizada de desenvolvimento de software para a CELEPAR.

Isso é uma privatização/terceirização ilícita, pois terceiriza uma atividade-fim da Celepar, o que fere o princípio do concurso público e a Súmula 331 do TST.

Note-se que o governo Beto Richa aumentou em 462% o número de cargos comissionados sem concurso público na Celepar e encheu o primeiro andar inteiro da Celepar de assessores aspones, que não fizeram concurso público, que segundo minha fonte não sabem nem ligar o computador (quando aparecem).

A privatização se dará com a área de desenvolvimento, bem a área que foi o símbolo da Celepar durante o governo de Roberto Requião (PMDB), e referência para todas as empresas estatais de tecnologia de informação e comunicação (TIC).

A Celepar tem trabalhadores competentes e concursados mal aproveitados em outras áreas, e há uma fila grande de aprovados no último concurso que sequer serão chamados.

Essa é a política neoliberal-gerencial de Beto Richa: precarização do serviço público e privatização. Só falta vencer a licitação o ICI – Instituto Curitiba de Informática, a OS caixa-preta da Prefeitura de Curitiba.

Veja mais notícias sobre a Celepar e a privatização pretendida por Beto Richa, clique aqui

Veja as informações do próprio portal do Governo do Estado:

Protocolo Geral do Estado – Protocolo pesquisado

Número do Protocolo: 11.143.495-6

Órgão Interessado: Celepar

Em: 19/10/2011

Detalhamento: AUTORIZACAO PARA CONTRATACAO DE EMPRESAS PARA DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE

Interessado: Diretoria de Tecnologia da Informação da Celepar

Onde está: CELEPAR/DIMAT – DIV.LICITACAO ADMIN.MATERIAIS

Maiores informações: CELEPAR/DIMAT – DIV.LICITACAO ADMIN.MATERIAIS
Telefone: (0041) 33505000